segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Pré-lançamento de Campanha do Consumo Responsável e Selo da Economia Solidária no dia 15/12

Secretaria Executiva do FBES ( forum@fbes.org.br)

Neste dia 15 de dezembro, dia da Economia Solidária, o FBES realizará, durante o encerramento da sua IX Reunião da Coordenação Nacional e logo após a abertura da Feira de Goiás de Economia Solidária, uma cerimônia de pré-lançamento da Campanha Nacional pelo Consumo Responsável e do Selo da Economia Solidária.

O evento acontecerá na Praça do Trabalhador, em Goiânia/GO, às 20h, aberto ao público, com a presença das/os 100 representantes da Coordenação do FBES vindas/os dos 27 Fóruns Estaduais de Economia Solidária e das 7 Entidades Nacionais (Cáritas, Unisol, Unicafes, Unitrabalho, Anteag, IMS e Rede de ITCPs). O motivo de se tratar de um pré-lançamento é desencadear um amplo processo de construção e consulta coletivas durante o ano de 2010, a partir da Caravana de Mobilização da Economia Solidária, a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010 ("Economia e Vida") e a mobilização rumo à II Conferência Nacional de Economia Solidária.
Campanha do Consumo Responsável

A proposta de realização de uma campanha de consumo é antiga no FBES, e foi reforçada durante na VIII Reunião da Coordenação Nacional em dezembro de 2008. Em linhas gerais, o objetivo da campanha é tanto denunciar as transnacionais e o consumo alienado de seus produtos quanto visibilizar as alternativas que existem de produtos e serviços oriundos de outra lógica de organização econômica, pautadas na solidariedade, cooperação, respeito ao meio-ambiente e na autogestão.

A forma de construção desta campanha envolverá, desde a sua concepção até as estratégias de divulgação e mobilização, diversos outros movimentos sociais, organizações e redes da sociedade civil, num esforço de buscar articular agendas e construir convergências entre diferentes lutas de transformação social, como a agroecologia, a emancipação das mulheres, as reformas agrária e urbana, o meio-ambiente, os direitos humanos individuais e coletivos, a denúncia aos transgênicos e agrotóxicos, a denúncia do atual modelo de desenvolvimento baseado nas grandes transnacionais, entre outros.
Selo da Economia Solidária

Desde 2006 o FBES está envolvido na construção, junto ao FACES do Brasil, Ecojus, SENAES, MDA e outros atores, na construção do Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário (SNCJS). Durante este tempo, foi consolidada uma proposta quanto aos critérios e gestão deste sistema público que encontra-se em tramitação na Presidência da República e que será um grande avanço no reconhecimento não só dos empreendimentos de Economia Solidária mas também de modos de se fazer a comercialização que contenham em si os princípios e valores da Economia Solidária e do Comércio Justo e Solidário.

Neste sentido, o FBES tomou a iniciativa, em sua VIII Reunião Nacional em 2008, de propor o lançamento de um selo organizacional da Economia Solidária, com o objetivo de reforçar a identidade não só de princípios e valores mas também política da Economia Solidária como perspectiva de desenvolvimento sustentável, solidário e a partir da realidade do território e cultura locais.

Ou seja, trata-se de um selo que indicará que um determinado empreendimento é de fato um empreendimento de Economia Solidária, que faz parte do movimento e que segue os princípios fundamentais definidos no SNCJS e na IV Plenária Nacional de Economia Solidária, como a democracia na atividade econômica (Autogestão), o protagonismo das mulheres, o respeito ao meio-ambiente, a participação em redes e cadeias solidárias e nos debates políticos do movimento nos Fóruns de Economia Solidária e em outros espaços e articulações da sociedade civil.

Com o pré-lançamento, será iniciado um amplo debate nos Fóruns Locais de Economia Solidária e também com as organizações parceiras que participam da construção do SNCJS ou que têm acúmulo nos Sistemas Participativos de Garantia. Os Fóruns Estaduais de São Paulo e de Minas Gerais já estão fazendo o debate e devem se tornar referências para o debate nos outros estados e na construção nacional.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Cenário da Coleta Seletiva no Brasil

A implantação da Coleta Seletiva no Brasil ainda é incipiente. São poucos os municípios que já a implantaram, como reconhecível nos dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, do IBGE, mas dados mais recentes mostram que este número vem se ampliando.

Para traçar um breve cenário da situação atual da Coleta Seletiva no Brasil, pode-se dizer que:

• 7% dos municípios têm programas de coleta seletiva (CEMPRE, 2008)

Embora o número de municípios seja, ainda, relativamente pequeno, são os maiores que adotam esta prática. De tal forma que estes representam aproximadamente 14% da população. Isto quer dizer que:

• 405 municípios, com 26 milhões de habitantes, praticam a coleta seletiva.

Destes municípios 2% se localizam no Norte do país; 4% no Centro Oeste; 11% no Nordeste; 35% no Sul e 48% no Sudeste.

A experiência desses municípios permite afirmar que a composição dos resíduos geralmente denominados secos e que podem ser reciclados é aproximadamente como indicada abaixo.

Material

% da Composição

Alumínio

1

Longa Vida

3

Diversos

3

Metais

9

Vidros

10

Rejeito

13

Plásticos

22

Papel e Papelão

39

Entretanto, na maioria dos casos, as soluções adotadas ainda são bastante onerosas.

• O custo médio da coleta seletiva é cinco vezes maior que o da coleta convencional,numa proporção de R$ 376 x R$ 73

Esta relação poderá ser alterada desde que se implante um modelo operacional adequado às nossas condições sociais. O quadro seguinte compara os resultados obtidos em dois modelos diferentes de gestão e operação da coleta seletiva. Como se vê, diferentes formas de operação da coleta seletiva podem trazer também resultados bastante diferenciados com relação aos custos da atividade e, como conseqüência, à extensão da parcela dos resíduos que podem ser objeto desta ação.

Dados CEMPRE 2006 - SNIS 2005

Média 4 Importantes Capitais

Londrina - PR

% da População Atendida

70

100

Custo da Coleta (R$/ ton)

450

37

Total Coletado (ton / mês)

1635

2600

Relação entre total da col. Sel. e Resíduos Domiciliares

3%

21,80%

Pode-se dizer que as principais dificuldades encontradas pela grande maioria dos municípios são as seguintes:

• informalidade do processo - não há institucionalização

• carência de soluções de engenharia com visão social

• alto custo do processo na fase de coleta

Fonte: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/coleta_e_disposicao_do_lixo/cenario_da_coleta_seletiva_no_brasil.html

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

COM-VIDA em Dom Inocêncio

por: Venicio Moura Junior

O evento ocorreu na U.Escolar Municipal Dom Inocêncio, lá se encontravam as quatro Com-Vidas montadas na primeira etapa do projeto, mais membros de duas comunidades quilombolas.
Na abertura houve execução do hino do Piauí e uma apresentação dos visitantes que iriam orientar as atividades do Seminário de E.A. Em seguida Luanas - SEDUC fez a leitra da programaçao onde foi apresentada uma proposta de modificação pois a mesma se encontrava muito atrasada. Em seguido fizemos uma apresentação sobre o Coletivo Jovem e a Agenda 21. Em seguida houve uma apresentação e uma roda de dialogo com as comunidades quilombolas presentes com uma demosntração de suas atividades com Caroá - planta típica da região semi-árida de onde se prduz fibras para confecção de redes, tapedes que são comercializados na região - .
Com o retorno do almoço, foi apresentado um video produzido pelos proprios alunos e professores sobre os problemas ambientais mais alarmantes no municipi, em seguida dividimos a plenária de aproximadamente 60 participantes em dois grupos mesclados para a realização da Oficina de Futuro, com o objetivo de apresentar indicativos para planos de ações das Com-Vidas. Assim encerramos o primeiro dia das atvidades, onde fomos convidados para uma noite cultural na festa do Forró de Candeeiro onde todos os participantes e mais a comunidade marcou presença.

No dia seguinte iniciamos as atividades com alguns jogos dinâmicos no intuito de despertar os participantes para o dia que se iniciava. Luanas fez a apresentação da Conferencia Internacional Infanto de Meio Ambiente. Em seguida foi apresentada a sistematização dos indicativos feitos no dia anterior nas Oficinas e em plenário foi proposto as prioridades de ação para orientação do plano de ação das Com-Vidas.
Em seguida as Com-Vidas se reuniram com Luanas e Fabiola(semar) e eu fiquei pra fazer um dialogos com a comunidade e demais participantes sobre a convivência com o semi-árido. Nos grupos as Com-Vidas elaboraram suas ações e para finalizar foi socializado em plenária as ações das Com-Vidas do municipio de Dom Inocêncio para o ano de 2010.