quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Pequi e bacuri podem desaparecer com extrativismo descontrolado

Por Fernanda Dino

O processo acelerado de ocupação na área de transição entre o estado do Piauí e o Maranhão - chamada de área do trópico ecotonal do nordeste - tem preocupado estudiosos, no que se refere ao extrativismo descontrolado de alguns produtos naturais, como o buriti, o pequi, bacuri, até mesmo a carnaúba e o babaçu.
"Se não forem feitas pesquisas para orientarem a prática do extrativismo nessa região, as explorações desses recursos pode fazer com que eles deixem de existir", alerta o professor doutor José Luís Lopes Araújo, que coordena o Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente, da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Segundo ele, no caso específico do bacuri, não há estudos aprofundados sobre essa relação entre a ação do homem com as áreas que estão sendo desmatadas. "Há necessidade de estudos que orientem a exploração de forma racional, dando bons resultados tanto para o homem, como para o meio ambiente", disse.
O mestrado, que está com inscrições abertas até 12 de novembro, está incentivando este ano pesquisas que tenham como tema a problemática do extrativismo na região, além de questões ligadas à bacia do rio Parnaíba, que também tem sido explorada sem estudos que orientem as práticas.
"A bacia do rio Parnaíba hoje é uma preocupação de todos e, para que ela seja bem monitorada e bem explorada, há necessidade de pesquisa científica. Sem base de pesquisa científica, as explorações nos rios, toda atividade econômica, pode comprometer a qualidade ambiental dos rios", ressaltou.

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