terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Carta de Responsabilidades do Piauí

CARTA DE RESPONSABILIDADES DO PIAUI

Teresina, 10 de dezembro de 2008


Nós jovens delegados preocupados com o futuro do nosso planeta, participamos da I Conferência Estadual Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente do Piauí (CEIJMA) entre os dias 9 e 10 de dezembro do ano de 2008, com o intuito de preservar o meio ambiente elaboramos responsabilidades a fim de que possamos melhorar se possível, ajustar essa dramática situação que a Terra está passando. Esta carta que nós apresentamos agora é fruto de uma construção coletiva e participativa de 24 crianças que assim se fizeram eleitas por suas responsabilidades e comprometimentos pela causa. E que estão aqui representando a todos aqueles que participaram desta conferência.

Socializamos agora as nossas discussões:
Iremos mobilizar a população do Estado do Piauí, e com a nossa força de vontade, distribuídos pelos municípios do mesmo, englobando não só um único tema, mas todos, visando à melhoria da situação que se passa o ambiente em que vivemos.
Nosso estado é riquíssimo em recursos hídricos, no entanto há escassez em alguns municípios, mesmo assim nós em nome de progresso e do lucro esquecemos de preservar nossos rios. Um bom exemplo disso é a retirada das matas ciliares, tanto para a agricultura como na utilização da madeira, dentre outras. Com isso o solo fica desprotegido ocasionando a erosão e consequentemente o assoreamento, presentes nele; além do que a morte desses rios irá prejudicar toda a população. Visando tais problemas, após estudos se encontrou um meio de diminuir este assoreamento, ou seja, reflorestar as margens dos rios seria uma forma de amenizar este problema. Lembre-se “terra planeta água, a própria terra depende da água, sem exceção de nós seres vivos”.
O fogo é uma fonte de energia imensurável, mas seu poder é usado em sua maioria para a poluição. Hoje em dia o fogo é usado de várias formas, sendo que algumas prejudicam a camada de ozônio, provocando o efeito estufa, comprometendo o meio ambiente. Elemento utilizado na queima de combustíveis fósseis como petróleo, gás natural, entre outros, é responsável por grande parte da poluição natural. Sua força deveria substituída pelo poder natural das energias alternativas (água, vento, o sol e etc). isso acarretaria uma série de benefícios, como a diminuição da poluição, redução de gastos com energia e a consciência de estar ajudando a melhorara a qualidade de vida do planeta
O desmatamento da terra provoca erosões. Então nos responsabilizamos a fazer o reflorestamento das matas ciliares. A terra vai ter uma grande reposição de nutrientes e microorganismos ficando assim uma terra rica e fertilizada. O reflorestamento da mesma aumenta a captação dos níveis de CO2 e diminui o aquecimento global, o efeito estufa, o buraco na camada de ozônio, contribuindo assim para a redução da temperatura média do planeta. Todos sabem que o oxigênio que nós respiramos vem das árvores, se nós cortarmos essas árvores, tanto o planeta terra vai ser prejudicado como nós porque o oxigênio vai diminuir. A conscientização da população e o comprometimento para a arborização de ruas e praças das cidades contribui na melhoria do ar que respiramos.
Nossas ações devem ser: educar, plantar, limpar os rios e diminuir a emissão de gases poluente.
Restam a órgãos competentes, juntamente com alunos, professores e comunidade tentarem minimizar os problemas inclusos nos elementos estudados. Percebemos que a escola se faz enquanto um lugar privilegiado para a construção de uma outra consciência de preservação do nosso planeta.

Delegados da I Conferência Estadual Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente

domingo, 23 de novembro de 2008

Ignacy Sachs propõe Outra Amazônia

Antonio Martins

(14/11/2008)

Cada vez mais conhecidas pela opinião pública, as ameaças à Amazônia permanecem, porém, imersas na bruma dos fatos lamentáveis, contra os quais as sociedades julgam-se impotentes. Sabe-se que as queimadas e a extração predatória de madeira avançam; que a criação de gado e culturas como a soja pressionam a floresta; que a falta de alternativas econômicas empurra parte da população para atividades destrutivas; que em determinadas áreas, como o sul do Pará, o Estado é quase impotente contra o poder econômico associado ao crime. E no entanto, a grande maioria dos que se sentem ultrajados não vê meios para agir. Faltam projetos, objetivos, indicadores: caminhos.

Se a intenção é ir além do protesto, tem enorme importância a proposta que o economista Ignacy Sachs. Consultor especial da conferência Rio-92, considerado um dos criadores do conceito de desenvolvimento sustentável (ou eco-sociodesenvolvimento), Sachs fez conferência a convite de um conjunto de organizações da sociedade civil e de publicações alternativas (entre as quais Le Monde Diplomatique Brasil orgulha-se de figurar). Ele lançou, aos que estudam ou se interessam pelos ecossistemas amazônicos, pelo menos três considerações provocadoras. O documento-base que as expõe está disponibilizado no final deste texto.

Neste paper, o economista sustenta, primeiro, que para preservar a mata e seus biomas é preciso tocá-los. As abordagens que vêem a Amazônia como um território idílico, a ser protegido da ação humana, são, segundo ele, impotentes. Elas não levam em conta a existência de quase 25 milhões de habitantes, a maioria dos quais submetidos a condições de vida precárias. Enquanto não se oferecer alternativas sustentáveis a tal população, ela será atraída por ocupações como a extração predatória de madeiras ou minérios, a pecuária extensiva, os cultivos invasores e a indústria poluente.

Estamos, então, condenados a ser testemunhas de uma enorme tragédia? Não, responde Sachs. Para ele, a Amazônia, vista hoje como a última vítima da era do petróleo, pode ser, alternativamente, a primeira manifestação das biocivilizações contemporâneas. A crise ambiental que está produzindo o aquecimento do planeta, acredita o economista, abre espaço para o fechamento de um período historicamente determinado. A biomassa foi, durante quase dez mil anos, a energia que impulsionou a ação civilizatória do homo sapiens. Há duzentos anos, o uso dos combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás) permitiu um grande salto – cujas conseqüências, contudo, estão se tornando devastadoras. Descobertas tecnológicas recentes permitem vislumbrar uma nova era de bioenergias: sol, vento, combustíveis vegetais. Nenhuma região oferece condições tão favoráveis para servir de laboratório desta nova era quanto a grande floresta sul-americana – onde água, insolação e terra são abundantes.

Embora doloroso, o colapso econômico e ambiental das lógicas de mercado pode estimular as sociedades, pensa Sachs, a reivindicar o direito de construir conscientemente seu futuro

Como tornar possível esta virada surpreendente? Sachs vê a crise financeira e econômica em curso como um divisor de águas. Para ele, o fim da crença no poder regulatório dos mercados pode ser, também, a reinvenção da política. Nas últimas décadas, prevaleceram modelos que negam qualquer possibilidade de planejamento, ao deslocar para as empresas, ou os indivíduos, todas as decisões sobre produção e consumo. Para explorar uma reserva de nióbio em São Gabriel da Cachoeira (AM), basta bancar os investimentos necessários. Para comprar um veículo 4x4, a única condição é pagar o valor estabelecido pelo fabricante.

Embora doloroso, o colapso econômico e ambiental desta lógica estimulará as sociedades, pensa Sachs, a reivindicar o direito – e assumir a responsabilidade – de construir conscientemente seu futuro. Isso significa estabelecer políticas que orientem e balizem a ação dos indivíduos e empresas. A criação extensiva de gado, que é altamente lucrativa – e por isso transformou-se em ponta-de-lança do desmatamento – pode ser desestimulada por meio de impostos dissuasórios. Em contrapartida, estímulos fiscais e de crédito adequados podem impulsionar a produção familiar ou cooperativada de alimentos e/ou biocombustíveis.

Sachs debruçou-se, nos últimos seis meses, num estudo exaustivo da realidade amazônica e dos mecanismos capazes de frear a devastação. O resultado do trabalho – que começou em seu gabinete, no Centro de Estudos sobre Brasil Contemporâneo, da École de Hautes Études en Sciences Sociales, de Paris, e terminou numa propriedade rural da Bretanha – é um paper de dezesseis páginas, intitulado Amazônia: laboratório das biocivilizações do futuro.

Denso e pontilhado de citações, mas de leitura sempre fluida e instigante, o documento reflete um pesquisador que, aos 81 anos, parece cada vez mais profundo e erudito – além de ter reforçado sua visão de ciência como meio de conhecer e transformar o mundo. Sachs desdobra a idéia de biocivilização em dois eixos de ação. Ele quer assegurar, o mais rapidamente possível, a garantia do desmantamento zero – uma proposta formulada por ambientalistas e movimentos sociais. Mas em seu texto, esta consigna não aparece como palavra-de-ordem retórica, e sim como objetivo a ser concretamente conquistado. Para fazê-lo, o economista sugere a conversão paper, oferecer ocupações sustentáveis e vida digna ao dobro de sua população atual das áreas devastadas. Embora representem apenas cerca de 20% da floresta original, elas equivalem a uma França e meia, perfazendo 750 mil quilômetros quadrados. Esta área, que hoje funciona como plataforma para ampliar o desmatamento, poderia, segundo o paper, oferecer ocupações sustentáveis e vida digna ao dobro de sua população atual.

O documento foge do padrão acadêmico tradicional e dá destaque aos estudos e pontos de vista produzidos pelos movimentos sociais e organizações da sociedade civil

Embora aposte na biocivilização como saída geral para a Amazônia, Sachs não se contenta em tratar esta perspectiva em termos genéricos. Ele a desdobra num leque de propostas específicas, que revelam conhecimento detalhado da região. Abrangem os setores tradicionais (agricultura, pecuária, mineração, indústria) e os quase inexplorados (turismo ecológico e aqüicultura, entre muitos outros). Passam pelo zoneamento dinâmico da Amazônia (para evitar que a definição de vocações rígidas impeça as regiões de aproveitarem futuros avanços tecnológicos); por uma proposta refinada de política tributária (concebida para penalizar tanto a concentração fundiária quanto a ocupação inadequada da terra); pelo desenho de projetos capazes de viabilizar a pequena propriedade (vale a pena examinar, por exemplo, a hipótese da produção de óleo de dendê em agrovilas de 3 mil pessoas, que além de cultivar a planta teriam acesso a mais dez hectares de terra); pela redefinição da política de proteção das reservas florestais (Sachs não crê na repressão policial como forma essencial de preservá-las, e propõe o envolvimento das próprias populações); pela reorganização do parque industrial de Manaus (cuja prioridade deveria ser o processamento dos recursos da floresta e não a montagem de quinquilharias importadas); por diversas medidas de incentivo à produção científica.

baixe aqui o documento produzido por Ignacy Sachs
Amazônia - laboratório das biocivilizações do futuro

Fonte: http://diplo.uol.com.br

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

I Conferência Estadual Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente- I CEIJMA



As atividades da
III Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (III CNIJMA) são realizadas em três etapas: conferência na escola, conferência estadual e conferência nacional. Através das Conferências nas Escolas, os alunos foram estimulados a perceberem as questões sócio-ambientais da sua localidade e a assumirem responsabilidades diante destas questões, culminando na elaboração de projetos de intervenção da escola sobre o problema. A I Conferência Estadual Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (I CEIJMA) acontecerá nos dias 9 e 10 de dezembro deste ano, em Teresina no Instituto Superior de Educação Antonino Freire (ISEAF). O evento será restrito aos 100 delegados (com seus respectivos acompanhantes), sendo que durante a I CEIJMA estes delegados escolherão as 24 responsabilidades que irão representar o estado do Piauí na III CNIJMA em abril de 2009 - Brasília.

Histórico

A Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA) é uma iniciativa do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental,órgão interministerial que agrega o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Ministério da Educação (MEC). Sua primeira edição ocorreu em 2003, e a segunda, em 2006.

A partir da I Conferência, formaram-se em todo o país Coletivos Jovens de Meio Ambiente e, nas escolas, foram estimuladas a criação de Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida nas Escolas as chamadas COM-VIDAs, grupos de alunos responsáveis por desencadear ações de cuidado e melhoria na qualidade de vida dentro de suas escolas. As COM-VIDAS integram o Programa Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas – MEC, que também nasceu da Conferência.

O tema da III CNIJMA é “Mudanças Ambientais Globais”. A fim de melhor abordá-lo, o MEC propôs a divisão em quatro subtemas: terra, fogo, água e ar e nós. Segundo os organizadores a idéia é que na preparação para a Conferência nas Escolas os quatro elementos sejam relacionados às questões sócio-ambientais locais de cada escola, vinculando-as às questões globais.

O que é a Conferência

A Conferência Infanto-juvenil pelo meio ambiente é um encontro onde são levantadas propostas coletivas para o fortalecimento da cidadania ambiental. A Conferência vem sendo realizada desde 2003 com as escolas de todo o Brasil, sob a coordenação do Ministério da Educação em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação.

Objetivos

Entre os objetivos da Conferência pode-se destacar o fortalecimento da Educação Ambiental nos sistemas de ensino, propiciando atitude responsável e comprometida da comunidade escolar com as questões sócio-ambientais locais e globais, com ênfase na participação social e nas melhorias das relações de ensino-aprendizagem
, em uma visão de educação integral previstas pelo MEC.

Quem participa

Estudantes do Ensino Fundamental, da 5a a 8a séries das redes pública e privada, urbanas e rurais, comunidades indígenas, quilombolas, assentamentos rurais sem escolas nas últimas séries do ensino fundamental, também podem participar por meio das escolas da 1ª a 4ª séries. Estudantes com necessidades educacionais especiais participam sem restrição de idade, mas devem estar cursando as últimas séries do Ensino Fundamental.

Regimento Interno I CEIJMA

domingo, 16 de novembro de 2008

3º Fórum Espiritual Mundial

O Fórum Espiritual Mundial surge como promoção conjunta da União Planetária, da Iniciativa das Religiões Unidas – URI (Círculo de Cooperação Brasília) e da Universidade da Paz – UNIPAZ. Inspirada em experiências já consagradas de construção de espaços de convergência com pluralidade de participações, mas diferenciando-se destas pela proposta de buscar propiciar avaliações e reflexões partindo de ênfase especial ao prisma da espiritualidade, buscando fazer uma interface com os diversos segmentos do conhecimento, da cultura, da sociedade e de entes institucionais.
O 3º Fórum Espiritual Mundial, ocorrerá de 20 a 23 de novembro de 2008 no Rio Poty Hotel em Teresina, com a seguinte programação:

Dia 20 - Quinta-Feira
Hora
Programação
Palestrantes/Apresentadores
19h30

Solenidade de abertura
Hino Nacional

Entidades Organizadoras:
UP, UNIPAZ, URI, Estação da Luz

Autoridades:
WELLINGTON DIAS
Governador do Estado do Piauí
SÍLVIO MENDES
Prefeito de Teresina
THEMÍSTOCLES FILHO
Presidente da Assembléia Legislativa do Piauí
Desembargador RAIMUNDO NONATO
Presidente do Tribunal de Justiça do Estado
PAULO DANTAS
Presidente da Câmara Municipal de Teresina
DOM SÉRGIO DA ROCHA
Arcebispo do Piauí

20h
Palestras de abertura:
PELA VALORIZAÇÃO DA VIDA

CONCEPÇÃO QUÂNTICA DO SER HUMANO: VALORIZAÇÃO DA VIDA

MARCIO FORTES
Ministro das Cidades - DF
HARBANS LAL ARORA
Ph.D. em Física Quântica - Índia
20h30
Momento artístico e cultural -


Dia 21 - Sexta-Feira
EIXO CIDADANIA
Hora
Programação
Palestrantes/Apresentadores
14h30

Mesa-Redonda:
SEGURANÇA PÚBLICA, COMBATE E PREVENÇÃO ÀS DROGAS E CIDADANIA

Apresentação do Vídeo Campanha Nacional do Recadastramento e Entrega de Armas – SENASP – Ministério da Justiça

EVERARDO AGUIAR
Rede Desarma Brasil – DF
• CARLA DALBOSCO
Secretaria Nacional de Prevenção às Drogas – SENASP DF
ROBERT RIOS MAGALHÃES
Secretário de Segurança Pública do Piauí – PI
RICARDO BALESTRERI
Secretário Nacional de Segurança Pública – SENASP - DF

16h30
Momento artístico e cultural -
17h às 19h

Mesa-Redonda:
EDUCAÇÃO, VALORES HUMANOS E DEMOCRACIA

Lançamento do Livro de Cristovam Buarque “O que é o Educacionismo”

ULISSES RIEDEL
União Planetária - DF - Mediador
JOSÉ EDUARDO MENDES
FIESP – Responsabilidade Social - SP
LUIS BASSUMA
Deputado Federal / Frente Parlamentar em Defesa da Vida - Câmara Federal - BA
CRISTOVAM BUARQUE
Senador – DF

19h45
Momento artístico e cultural -
20:00h

Palestras:
PELA VALORIZAÇÃO DA VIDA

AÇÃO CONSCIENTE EM UM MUNDO EM CRISE

ALEXANDRA RESCKE
Secretária Nacional do Patrimônio da União - DF
REJANE DIAS
Primeira-Dama do Estado - PI
EDUARDO WEAVER
Editor Revista Sophia - SP

21h
Momento artístico e cultural -


Dia 22 - Sábado
EIXO MEIO-AMBIENTE
Hora
Programação
Palestrantes/Apresentadores
14h30

Mesa-Redonda:
CUIDANDO DO PLANETA TERRA

LUIS PELLEGRINI
Jornalista/Escritor/Editor Revista Planeta – SP - Mediador
VALDEMAR RODRIGUES
Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Teresina
ALCIDE FILHO
Ambientalista - PI
MAURO MANTOVANI
SOS Mata Atlântica - SP
MAURÍCIO ANDRÉS
Agência Nacional de Águas/MMA - DF

16h30
Momento artístico e cultural -
17h às 19h

Mesa-Redonda:
ESPIRITUALIDADE E ECOLOGIA

SUZEL SARACENI
Unipaz – DF - Mediadora
FRANCISCO WASHINGTON SOARES GONÇALVES
ASA / PI
MARCO AURÉLIO BILIBIO
Sociedade Teosófica - DF
JOE VALE
Secretario da Sesis
Ministério da Ciência e Tecnologia - DF
MOHAMAD HABIB
Pró-Reitor da UNICAMP Campinas - SP

19h45
Momento artístico e cultural -
20h

Mesa-Redonda:
DEFESA DA VIDA

• LUIS BASSUMA
Deputado Federal - BA

21h

Palestras:
A REVOLUÇÃO MULATA

TRANSFORMAÇÃO PELA POESIA NOS DIAS DE HOJE

• LUIS PELLEGRINI
Editor da Revista Planeta - SP

• JOSÉ EDUARDO MENDES CAMARGO

FIESP - Responsabilidade Social - SP

21h30
Momento artístico e cultural Exibição do Filme "Bezerra de Menezes - O Diário de um Espírito"


Dia 23 - Domingo
EIXO TRADIÇÕES
Hora
Programação
Palestrantes/Apresentadores
14h30

Mesa-Redonda:
DIVERSIDADE E DIREITOS HUMANOS

ALCI MARQUES
CDHJ-PI - Mediador
MARCOS TERENA
Tradições Indígenas – DF
Sheikh JIHAD HASSAN HAMADEH
Wamy – Assembléia Mundial da Juventude Isâmica – Síria
Monge JOSHIN
Zen Budismo - SP
PERLY CIPRIANO
Sub-Secretário Nacional de Direitos Humanos/SEDH – DF
(Apoio Secretaria Especial dos Direitos Humanos – SED)

16h30
Exibição de vídeo:
Direitos Humanos e Diversidade Religiosa
-
17h às 19h

Mesa-Redonda:
SABERES E TRADIÇÕES NO SAGRADO

MARA GURJÃO
Organização Brahma Kumaris - CE
Reverendo IREMAR POSSAMAI
Global Peace Festival - SP
ERNANI NAPOLEÃO LIMA
Maçonaria - PI
ILDNA CLÉIA SANTOS
Seicho-no-ie - PI
Missionário LIBERAL NETO
Igreja Messiânica Mundial - PI

19h45
Momento artístico e cultural -
20h

Palestra de Encerramento:
CIÊNCIA, ESPIRITUALIDADE E VALORES HUMANOS

Ato Macroecumênico

Encerramento

• LUÍS CLÁUDIO COSTA
Reitor da Universidade de Viçosa - MG

21h
Momento artístico e cultural (1h) Espetáculo Teatral "Os Pacifistas" - BA

ATIVIDADES PARALELAS

Dia 21 - Sexta-feira
11h

Rede Desarma Brasil
Reunião com lideranças sociais e operadores do sistema de segurança para tratar da Campanha Nacional de Recadastramento e Entrega de Armas e Conferencia Nacional de Segurança Pública.

Dia 22 - Sábado
11h

Palestra: "Mãos que aquecem, braços que acolhem, Anjos da Terra".
Estudo de Caso: Responsabilidade Social, Educacional, Cultural e Ambiental
Apresentação: Professor Marcos Terra
Lançamento Livro: Mãos que aquecem, braços que acolhem, Anjos da Terra"

Dia 23 - Domingo
11h

SEDH - Secretaria Especial dos Direitos Humanos
Reunião com lideranças religiosas e dos Direitos Humanos, para discussão do tema Diversidade Religiosa e Direitos Humanos, atividades preliminar do Centro de Referência em Direitos Humanos e Diversidade Religiosa.

ESPAÇO DO SAGRADO
(Espaço onde diversas expressões do sagrado e organizações estarão
vivenciando e apresentando práticas para toda a comunidade)

AMORC – Brahma Kumaris – Cabala – Calendário Maia - Espiritismo
Grande Fraternidade Branca – Johrei - Maçonaria- MIRE/Mística e Evolução
Mahikari – Seicho-no-ie - Yoga - Umbanda – Zen Budismo.

Dia 22 - Sábado

FILME: “Bezerra de Menezes: O Diário de um Espírito” - Rio Poty Hotel


* PROGRAMAÇÃO SUJEITA A ALTERAÇÕES


domingo, 9 de novembro de 2008

Lixo

"MAS A LATA DE LIXO NÃO É UM DESINTEGRADOR MÁGICO DE MATÉRIA !"

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada pelo IBGE em 2000, coleta-se no Brasil diariamente 125,281 mil toneladas de resíduos domiciliares, e 52,8% dos municípios Brasileiros dispõem seus resíduos em lixões.
Hoje estima-se que 1 em cada 1000 brasileiros é catador. E 3 em cada 10 catadores gostariam de continuar na cadeia produtiva da reciclagem mesmo que tivessem uma alternativa. Estes têm orgulho de ser Catador.

Há Catadores de todo tipo.
  • Trecheiros: que vivem no trecho entre uma cidade e outra, catam lata pra comprar comida.

  • Catadores do lixão: catam diuturnamente, fazem seu horário, catam há muito tempo ou só quando estão sem serviço de obra, pintura etc.

  • Catadores individuais: catam por si, preferem trabalhar independentes, puxam carrinhos muitas vezes emprestados pelo comprador que é o sucateiro ou deposista.

  • Catadores organizados: em grupos autogestionários onde todos são dono do empreendimento, legalizados ou em fase de legalização como cooperativas, associações, ONGs ou OSCIPs.
O Catador é um sujeito que, historicamente, tira do lixo o seu sustento. Seja através da prática da coleta seletiva junto a alguns parceiros que doam o seu lixo ou, melhor ainda, seus recicláveis selecionados na fonte; seja caçando recicláveis pelas ruas e lixões, sacando os recicláveis do lixo misturado que o gerador não teve a decência de separar e colocou no mesmo saco o que pode e o que não pode ser reaproveitado.
Com esse “trabalho” a companhia de limpeza urbana deixa de pagar inúmeros kilos que seriam coletados e dispostos em aterro ou lixão. Na pior das hipóteses é uma economia. É um serviço a população já que esses materiais coletados pelos catadores vão evitar o consumo de matéria prima virgem – recursos naturais esgotáveis – além da economia com coleta e disposição final.

Dentre os Catadores organizados ou em organização existem os

  • Grupos em organização: com pouca ou nenhuma infra-estrutura, muita necessidade de apoio, e vontade de trabalhar em grupo e se fortalecerem.

  • Catadores organizados autogestionários: grupos que funcionam como cooperativas de fato onde decisões são tomadas de modo democrático, as vendas e os resultados são de domínio de todos graças a transparência das informações que muitas vezes são afixadas na parede - o valor da venda, dos descontos, as atas das reuniões e etc. Não há uma liderança única da qual dependam todas as decisões e todos os associados representam o empreendimento como dono.

  • Redes de cooperativas autogestionárias: A idéia de rede é uma forma de fortalecer os grupos na busca de quantidade, qualidade e freqüência que são algumas das imposições do mercado da reciclagem. Em rede os grupos podem vender por melhores preços por terem juntos maiores quantidades e aqueles que não tem prensa poderem enfardar o material. Em rede os grupos também podem se organizar para otimizar a coleta e realizarem inclusive coleta de outros materiais como óleo de cozinha, alimentos entre outros.

E há também as

  • Coopergatos: Grupos não autogestionários, que tem um dono, onde um manda e todos obedecem e funciona como uma empresa privada só que sem os benefícios sociais que uma empresa privada teria que dar.

  • Cooperativas de Sucateiros: Alguns sucateiros que, nem sempre, mas freqüentemente tem com catadores relações pra lá de exploratórias, percebendo vantagens junto a políticas públicas se regularizam legalmente como cooperativas mas funcionam como empresa privada, sob a fachada do cooperativismo. Infelizmente esse padrão é bastante freqüente.

  • Cooperativas de apoiadores: Grupos de catadores organizados por pessoas que não tem histórico na catação e se auto-declaram catadores (mas tem perfil de apoiador) para exercer uma liderança sem nenhum compromisso com o processo emancipatório dos catadores. Apoiadores só deveriam fazer parte de uma cooperativa de catadores de materiais recicláveis se fosse no conselho consultivo, sem direito a voto e sem direito a renda.
É imperativo que o apoio aos catadores seja compromissado com o protagonismo deles e a construção dos processos emancipatórios desta categoria.
Catadores são vítimas de preconceito por parte da sociedade e constantemente são associados ao problema do lixo podendo ser associados as soluções.

São atores históricos da gestão dos resíduos nas cidades e da cadeia produtiva da reciclagem e merecem políticas públicas que fortaleçam seu perfil empreendedor e ecológico.

O estilo do apoio no Brasil é o do amparo, da tutela simbólica, que vê os atores históricos como incapazes, estilo cesta básica e assistencialismo. Será bom entender o que é apoio dentro de uma premissa emancipatória.

Contribuindo com a coleta seletiva além de estar praticando um bem ambiental, também estará praticando um bem social!

Fonte:texto retirado na íntegra de www.lixo.com.br

sábado, 8 de novembro de 2008

Pense de Novo

domingo, 2 de novembro de 2008

O verdadeiro trono

A permacultura é um método holístico para planejar, atualizar e manter sistemas de escala humana ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis.

Foi criada pelos ecologistas australianos Bill Mollison e David Holmgren na década de 1970. O termo, cunhado na Austrália, veio de permanent agriculture, e mais tarde se estendeu para significar permanent culture. A sustentabilidade ecológica, idéia inicial, estendeu-se para a sustentabilidade dos assentamentos humanos.

Dentre as inúmeras idéias da permacultura (que prometemos tratar com mais frequência aqui) citaremos o sanitário seco, boa leitura!

Sanitário compostável lembra que o cocô do pasto não é o único bom para a plantação. O seu também é!

.: por Lia Bock :.
Jornalista e parceira do IPEC

Há alguns anos o mundo vem falando, aqui e ali, sobre os sanitários compostáveis. Nesse meio tempo muita gente torceu o nariz ou simplesmente não deu muita bola. Mas hoje, quando o problema está todos os dias nos jornais, os sanitários secos ganharam, finalmente, o status que merecem. Eles já estão consolidados como tecnologia social para viabilizar o cocô sustentável há algum tempo, mas só agora assumiram o trono.

Para quem está embarcando hoje neste assunto, uma rápida explicação: os sanitários compostáveis transformam os problemas dos esgotos e do desperdício de água das descargas em solução para o solo. É uma forma eficiente de evitar que litros e litros de água limpa sejam misturados aos excrementos humanos. Neles, os dejetos (líquidos e sólidos) vão sendo depositados em uma câmara fechada e, com tempo e temperatura adequados, tornam-se um excelente adubo orgânico.

Não é exagero dizer que puxar a descarga do vaso sanitário convencional é ver descer esgoto abaixo nossa tão estimada água. E com ela um potencial adubo orgânico gratuito. Para quem ainda acha estranho tamanho apreço pelo cocô humano vão algumas informações. Um dado de 2005, fornecido pelo pesquisador americano Joseph Jenkins, mostra que o mundo gasta em média 90 bilhões de dólares com adubação química por ano. Se utilizássemos nossas próprias fezes, esse dinheiro poderia ser empregado de forma mais útil e o solo ficaria livre dos químicos. Além disso, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informa em seu site que uma privada gasta em média entre 10 e 14 litros de água por descarga, podendo chegar a consumir 30 litros quando está desregulada.

A primeira pergunta que a maioria das pessoas faz com relação ao sanitário seco é: mas e os coliformes fecais? Os patógenos? O sistema do sanitário compostável pressupõe a aniquilação de todas as possíveis doenças presentes nas fezes. Nosso sistema digestivo funciona sob a temperatura de 37 graus e a melhor maneira de acabar com essas doenças é subir a temperatura. A experiência mostra que se a temperatura do recipiente onde ficam guardadas as fezes for de 50 graus, em um dia os patógenos estarão todos mortos. Como o ideal é deixar as fezes armazenadas entre três e seis meses, não há risco de contaminação.

Nesse processo não se produz poluentes, não se desperdiça água potável e ainda há um respeito pelos ciclos naturais. O que vai sair do seu reservatório de fezes, nada tem a ver com o seu cocô. Meses depois, o que haverá ali é húmus. Um material orgânico decomposto, que forma a base da vida no solo. Alguns podem ter esquecido, mas somos animais! O húmus eleva a capacidade de absorção de água do solo, fornece nutrientes importantíssimos e favorece as ações de microorganismos essenciais para a vida na terra.

gora você pergunta: mas e o cheiro? Toda vez que alguém usa o trono joga uma porção de serragem (terra ou folhas secas) por cima. Isso elimina o cheiro, evita insetos e ainda absorve a umidade. Mesmo depois de um simples xixi a serragem é importante para evitar odores. Quando está cheia, sua câmara de compostagem deve ser fechada para os meses recomendados de decomposição. É por esse motivo que você precisa de duas câmaras (enquanto uma decompõe, a outra é usada) ou de câmaras móveis, que são levadas para decompor em outro lugar quando cheias.

Como montar um forno para esquentar as fezes e mantê-la na temperatura certa não é nada sustentável, o ideal é que se use o sol para cumprir esse papel. No IPEC, as câmaras dos sanitários são voltadas para o norte, onde o sol bate durante o dia todo. Para ajudar mais nesse trabalho, as faces das câmaras foram pintadas de preto e foi aberto um respiradouro (com tela para que não entrem insetos) para que os gazes possam sair.

No começo, muitas pessoas estranham. Nada mais normal, já que vivemos em um mundo de hábitos arraigados. É preciso manter a tampa do sanitário seco sempre fechada para que insetos não entrem e, depois, saiam tendo colocado as patinhas no seu cocô. Também é preciso manter o estoque de serragem a mão. Pequenos cuidados com as quais qualquer um se acostuma.

O sanitário compostável do Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado foi finalista do prêmio Tecnologia Social 2005, promovido pela Fundação Banco do Brasil. Hoje, seis sanitários estão em funcionamento, fornecendo húmus às plantações. O material retirado das câmaras pode ir direto para o solo, ou pode passar algum tempo no minhocário, tornando-se ainda mais potente. Ele merece ou não merece o trono?


Cinco motivos para instalar um sanitário compostável em sua casa

1. Em 2004, o IBGE declarou que existem mais de 45 milhões de brasileiros sem acesso à água potável e mais de 90 milhões sem acesso à rede de esgoto.

2. No mundo são aproximadamente 1.2 bilhões de pessoas sem acesso à água potável e quase 3 bilhões sem saneamento básico (Relatório de Desenvolvimento Humano de 2004).

3. Dois terços do globo terrestre são compostos de água, mas apenas 2,5% dela não contêm sal. Dessa pequena parte, dois terços encontram-se nas geleiras e áreas glaciais.

4. John Reid, ministro da defesa da Grã-Bretanha, assumiu recentemente que a violência e os conflitos políticos devem se intensificar na medida em que as reservas de água diminuam.

5. Especialistas estimam que uma pessoa pode viver com 30 litros de água por dia. Entretanto, um norte-americano usa em média, atualmente, 500 litros por dia. Chega a 35 litros a água gasta apenas com a descarga. Essa quantidade é capaz de suprir o gasto total diário de quatro pessoas em regiões como Mali, Somália e Moçambique.

Visitem: http://www.permacultura.org.br/

http://www.permaculturalatina.org.br/

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Pequi e bacuri podem desaparecer com extrativismo descontrolado

Por Fernanda Dino

O processo acelerado de ocupação na área de transição entre o estado do Piauí e o Maranhão - chamada de área do trópico ecotonal do nordeste - tem preocupado estudiosos, no que se refere ao extrativismo descontrolado de alguns produtos naturais, como o buriti, o pequi, bacuri, até mesmo a carnaúba e o babaçu.
"Se não forem feitas pesquisas para orientarem a prática do extrativismo nessa região, as explorações desses recursos pode fazer com que eles deixem de existir", alerta o professor doutor José Luís Lopes Araújo, que coordena o Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente, da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Segundo ele, no caso específico do bacuri, não há estudos aprofundados sobre essa relação entre a ação do homem com as áreas que estão sendo desmatadas. "Há necessidade de estudos que orientem a exploração de forma racional, dando bons resultados tanto para o homem, como para o meio ambiente", disse.
O mestrado, que está com inscrições abertas até 12 de novembro, está incentivando este ano pesquisas que tenham como tema a problemática do extrativismo na região, além de questões ligadas à bacia do rio Parnaíba, que também tem sido explorada sem estudos que orientem as práticas.
"A bacia do rio Parnaíba hoje é uma preocupação de todos e, para que ela seja bem monitorada e bem explorada, há necessidade de pesquisa científica. Sem base de pesquisa científica, as explorações nos rios, toda atividade econômica, pode comprometer a qualidade ambiental dos rios", ressaltou.

Portal Acesse Piauí

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Semana Mundial da Alimentação

O Dia Mundial da Alimentação é celebrado anualmente no dia 16 de outubro. Para este ano, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) definiu como tema Segurança Alimentar Mundial: os Desafios das Mudanças Climáticas e da Bioenergia.

Em Teresina o evento acontecerá no dia 16/10 no Atlantic City das 08h as 18h, participem.

sábado, 11 de outubro de 2008

Quando começou nosso erro?

Por Leonardo Boff*

08/10/2008 - Sentimos hoje a urgência de estabelecermos uma paz perene com a Terra. Há séculos estamos em guerra contra ela. Enfrentamo-la de mil formas no intento de dominar suas forças e de aproveitar ao máximo seus serviços. Temos conseguido vitórias mas a um preço tão alto que agora a Terra parece se voltar contra nós. Não temos nenhuma chance de ganhar dela. Ao contrário, os sinais nos dizem que devemos mudar senão ela poderá continuar sob a luz benfazeja do sol mas sem a nossa presença.

É tempo de fazermos um balanço e nos perguntarmos: quando começou o nosso erro? A maioria dos analistas diz que tudo começou há cerca de dez mil anos com a revolução do neolítico, quando os seres humanos se tornaram sedentários, projetaram vilas e cidades, inventaram a agricultura, começaram com as irrigações e a domesticação dos animais. Isso lhes permitiu sair da situação de penúria de, dia após dia, garantir a alimentação necessária através da caça e da recoleção de frutos. Agora, com a nova forma de produção, criou-se o estoque de alimentos que serviu de base para montar exércitos, fazer guerras e criar impérios. Mas se desarticulou a relação de equilíbrio entre natureza e ser humano. Começou o processo de conquista do planeta que culminou em nossos tempos com a tecnificação e artificialização de praticamente todas as nossas relações com o meio-ambiente.

Estimo, entretanto, que esse processo começou muito antes, no seio mesmo da antropogênese. Desde os seus albores, cabe distinguir três etapas na relação de ser humano com a natureza. A primeira era de interação. O ser humano interagia com o meio, sem interferir nele, aproveitando de tudo o que ele abundantemente lhe oferecia. Prevalecia grande equilíbrio entre ambos. A segunda etapa era a da intervenção. Corresponde à época em que surgiu há cerca de 2,4 milhões de anos, o homo habilis. Este nosso ancestral começou a intervir na natureza ao usar instrumentos rudimentares como um pedaço de pau ou uma pedra para melhor se defender e se assenhorear das coisas ao seu redor. Inicia-se o rompimento do equilíbrio original. O ser humano se sobrepõe à natureza. Esse processo se complexifica até surgir a terceira etapa que é a da agressão. Coincide com a revolução do neo-lítico da qual nos referimos anteriormente. Aqui se abre um caminho de alta aceleração na conquista da natureza. Após a revolução do neolítico sucederam-se as várias revoluções, a industrial, a nuclear, a biotecnológica, a da informática, da automação e a da nanotecnologia. Sofisticaram-se cada vez mais os instrumentos de agressão, até penetrar nas partículas sub-atômicas (topquarks, hadrions) e no código genético dos seres vivos.

Em todo esse processo se operou um profundo deslocamento na relação. De ser inserido na natureza como parte dela, o ser humano transformou-se num ser fora e acima da natureza. Seu propósito é domina-la e trata-la, na expressão de Francis Bacon, o formulador do método científico, como o inquisidor trata o seu inquirido: torturá-la até que entregue todos os seus segredos. Esse método é vastamente imperante nas universidades e nos laboratórios.

Entretanto, a Terra é um planeta pequeno, velho e com limitados recursos. Sozinha não consegue mais se autoregular. O estresse pode se generalizar e assumir formas catastróficas. Temos que reconhecer nosso erro: o de termo-nos afastado dela, esquecendo que somos Terra, que ela é o único lar que possuímos e que nossa missão é cuidar dela. Devemos faze-lo com a tecnologia que desenvolvemos mas assimilada dentro de um paradigma de sinergia e de benevolência, base da paz perpétua tão sonhada por Kant.


* Leonardo Boff é teólogo, escritor, professor emérito de ética da UERJ e membro da Comissão da Carta da Terra.

Fonte: Envolverde

© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Segundo o prefeito Sílvio Mendes (PSDB) a nossa super capital mega planejada Teresina recebe 1,5 mil carros novos por mês.
Ou seja a cidade não foi planejada para receber tantos carros em tão pouco tempo, e a solução mais "prática" é estreitar as calçadas (mais ainda) para o alargamento das vias, para que assim os veículos automotores possam reinar nas nossas "largas avenidas", levando com isso ao corte de inúmeras árvores que sombreiam as ruas de clima "europeu".

domingo, 21 de setembro de 2008

Notícias

Drama dos catadores de caranguejo do Delta é contada na TV Senado

Em um de seus destaques do fim de semana, a TV Senado exibiu a visita da equipe do programa EcoSenado a uma comunidade de catadores de caranguejos do Delta do Parnaíba que luta pela sobrevivência diante do desaparecimento gradual de sua fonte de sustento.
O programa foi até Ilha Grande do Paulino, no interior do Maranhão, onde ouviu a opinião de representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), catadores e estudiosos sobre as causas e alternativas para os atuais problemas da atividade. O EcoSenado foi ao ar neste sábado (20), às 7h15min, 13h15min e vai reprisar às 20h30min. e no domingo (21), às 11h15. O programa é uma parceria da TV Senado com o Ministério do Meio Ambiente.

Fonte: retirado na íntegra de www.portalaz.com.br

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

E quem disse que em Teresina não tem parque?!


Teresina foi a primeira capital planejada do Brasil; é uma das capitais mais quentes do Brasil, a única capital brasileira que faz divisa com outro estado, o Maranhão a terceira capital mais segura do Brasil, atrás apenas de Natal e Palmas, a unica capital nordestina que não se localiza no litoral e a maior capital nordestina em extensão territorial, com 1.755,698 km². Além de tudo isso Teresina possui inúmera áreas verdes um total de 13m²/hab, chegando até mesmo a superar o valor de referência da ONU que é de 12m²/hab.

Parque Ambiental Encontro dos Rios

Localizado no bairro Poti Velho, no lado esquerdo da foz do Rio Poti ao desaguar no Rio Parnaíba. O Parque possui uma ótima estrutura para a recepção de visitantes, com quiosques de artesanato, centro de visitantes, restaurante flutuante e trilhas.

Parque Mini-horto das Sambambaias

Possui uma área em torno de 1,8 hectare e localiza-se na quadra por trás do DNER, que fica na Av. João XXIII.

Parque Municipal do Acarape

Possui uma área de 5 hectares e está localizado na av. Maranhão, à margem direita do Rio Parnaíba.

Parque Ambiental Poti I

Possui 2.700m de extensão, situado à margem esquerda do Rio Poty, na Av. Marechal Castelo Branco. Possui quadras poliesportivas, PM Box, uma praça em homenagem ao motorista Gregório, sedes do Cons. Municipal de Meio Ambiente e da Assoc. Bras. de Engenharia Sanitária.

Parque Vale do Gavião
Possui uma área aproximada de 19,7 hectares e está situado na localidade Vale do Gavião.

Parque Ambiental Boa Vista
Possui uma área de 2 hectares e fica na Vila Boa Vista. Possui playground rústico, bancos, campo para a realização de partidas de futebol society e trilhas ecológicas.

Parque Municipal Parnaíba I
Possui uma área de 12 ha, localizado à margem direita do Rio Parnaíba, na Av. Maranhão.

Parque Ambiental da Macaúba
Possui uma área de 05 ha e está localizado no bairro Macaúba, zona sul da cidade.

Parque Ambiental Porto Alegre
Possui uma das mais novas áreas verdes da cidade, possui 04 ha, localizada no Cj. Porto Alegre, zona sul da cidade.

Parque Ambiental São João
Localizado nas proximidades da CEASA, zona sul da cidade possui uma área de 15 há; trilha ecológica e campo de futebol.

Parque Ambiental Beira Rio
Localizado na Av. Raul Lopes, em frente ao Shopping Riverside Walk, possui pista de cooper e quiosques para a comercialização de lanches naturais, em uma área de 2,5 ha.
Parque Prainha
Localizado na Av. Maranhão, próximo ao Centro Administrativo, possui museus vivos dos principais biomas do estado: caatinga, cerrado e cocais.

Parque Vila do Porto
Localizado na margem esquerda do Rio Poti, no bairro Água Mineral, zona norte da cidade. Nesse local está a Creche Natureza, que atende, em média, 70 crianças de 3 a 6 anos.

Parque Curva São Paulo
Com uma área de 5 hectares a
Curva São Paulo é uma praia fluvial formada no Poti no conjunto São Paulo na zona sudeste, sendo assim uma área de preservação ambiental, e sua fiscalização hoje é bastante rigorosa.

Parque Marina
Localizado no bairro Morada do Sol, possui uma área de 02 hectares.

Parque Zoobotânico

Localizado na PI-112 em direção ao município de União, ocupando um espaço de 137 hectares. Com quase 30 anos de vida, o Parque Zoobotânico de Teresina, possui uma grande variedade e quantidade de répteis pois além do rio que passa ao lado - coisa que nenhum outro parque tem - e da presença de três lagos, a fauna e a flora do parque são muito ricas e favoráveis à criação e reprodução desses animais, principalmente cobras; apresenta condições de ser transformado em referência nacional.
Um dado importante é o de que o parque possui o menor lagarto do Brasil - Coleodactylus Meridionales - encontrado com freqüência, além de muitas outras espécies de animais, o que torna o parque um ótimo lugar para um passeio ecológico e de lazer bastante agradável. O parque possui uma estrutura com locais apropriados para piqueniques, bicas e lanchonetes.

Parque do Caneleiro

Localizado na Av. Alaíde Marques com Dirce de Oliveira, por trás do Colégio Agrícola, na zona leste da cidade. O Parque é uma reserva natural da árvore símbolo de Teresina: "o caneleiro". No local há um parque infantil e um quiosque que comercializa produtos típicos da terra.

Parque Nossa Senhora do Livramento
Localizado à 200m do Parque Caneleiro.

Parque Ambiental de Teresina
Conhecido, também, como Jardim Botânico de Teresina, o Parque do Buenos Aires ou Antigo Horto Florestal, está instalado numa área de 38 hectares. Está situado na Av. Freitas Neto6.415, zona norte da cidade, no bairro Mocambinho e compreende a maior área de preservação permanente da cidade. No parque são desenvolvidas pesquisas com elementos da natureza, contando, para isso, com um laboratório, além de um herbário com vegetais secos para estudos de botânica. Destacam-se, também, trilhas educativas para os visitantes e um auditório para cursos, seminários e treinamentos, com capacidade para 50 pessoas.

Parque da Cidade
Com uma área de 17 hectares, está localizado na Av. Duque de Caxias, é considerado área de preservação ambiental, constitui-se num local para realização de eventos culturais/ecológicos e de apoio às atividades de educação ambiental para escolas e grupos comunitários. Foram identificadas mais de 120 espécies vegetais entre árvores, arbustos e ervas, agrupadas em 48 famílias. A diversidade faunística encontrada no Parque mostra uma grande quantidade de invertebrados, além de alguns vertebrados, bem como várias espécies de peixes do Rio Poti.
No interior do Parque o visitante encontra banheiros públicos, pontos de descanso e de observação. As trilhas levam o visitante a um passeio por toda a área do Parque.

Parque Municipal Floresta Fóssil
A área é um espaço ecológico de grande importância para pesquisadores de várias universidades brasileiras, devido a valiosas descobertas de afloramentos de troncos fossilizados - vegetais de gênero psarnius - datados de, aproximadamente, 250 milhões de anos. Foram catalogados, até o momento, 60 unidades de vegetais fossilizados. Os troncos fossilizados têm como originalidade a sua posição em vida, o único no Brasil. Nesses trechos também podem ser observados dois olhos-d´água subterrâneos que alimentam esse rio, mesmo durante o período seco.

Fonte: http://www.guiadeteresina.com/ver.asp?id=827&categ=destaque

http://pt.wikipedia.org/wiki/Teresina


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Parques Nacionais

O governo federal lançou semana passada o programa Turismo nos Parques. O objetivo do programa é aumentar a visitação aos parques nacionais, unidades de conservação gerenciadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
Atualmente, 3,5 milhões de pessoas visitam as unidades de conservação ambiental todos os anos. As mais visitadas são os Parques Nacionais do Iguaçu e da Tijuca, que ficam, respectivamente, no Paraná e no Rio de Janeiro. O ministro do Meio Ambiente lamentou o fato da visitação estar restrita a apenas dois parques nacionais, quando há 64 unidades dessas no país. Minc pediu que todos busquem informações sobre os parques nacionais no país e tentem visitá-los. “Os nossos parques e reservas, em geral, são menos defendidos, menos usufruidos e dão prejuízo. Eles têm que ser mais usufruidos, por mais cientistas, mais turistas e mais montanhistas, e gerar recursos”, afirmou.
Na primeira fase do programa, serão destinados R$ 28 milhões para seis unidades de conservação: Parque Nacional de Aparados da Serra (SC/RS), da Chapada dos Veadeiros (GO), dos Lençóis Maranhenses (MA), da Serra dos Órgãos (RJ), do Jaú (AM) e da Serra da Capivara (PI).

(Fonte: Vítor Abdala / Agência Brasil)
(www.ambientebrasil.com.br)

sábado, 13 de setembro de 2008

Coincidência Organizada

Bem sei que Teresina não é um dos lugares mais indicados para o sucesso e adesão geral da população ao movimento chamado de Massa Crítica que começou em São Francisco, nos Estados Unidos, há 15 anos, e hoje já está presente em mais de 300 cidades do mundo, merece a nossa atenção . Tudo começou em uma calma tarde de setembro de 1992, quando mais ou menos meia dúzia de pessoas começou a distribuir folhetos convocando ciclistas para se encontrarem numa praça às 6 da tarde da sexta-feira. O folheto não dizia quem estava organizando aquilo. Não havia líderes. Os ciclistas se encontraram, esperaram até que houvesse gente suficiente (até que “a massa crítica fosse alcançada”) e saíram pedalando, sem roteiro definido, parando o trânsito (a frase “Nós não paramos o trânsito. Nós somos o trânsito”, acabou virando slogan do movimento). Nem todos que participam do movimento, participam por consciência ecológica, mas também por motivos de justiça social, ou simplesmente por gostarem da oportunidade de se locomover na cidade de forma segura e com outras pessoas.
Que tal pensar na idéia de pelo menos alguns dias no ano tirar a bicicleta do armário e deixar de usar o carro ou o coletivo!!


Mas cuidado com o sol, nada de tentar sair por aí no intervalo de 10h as 16h em pleno B-R-O bró... pesquise mais sobre o movimento, aposto que em breve meia duzias de pessoas estarão distribuindo panfletos por aqui também...Massa Crítica de São Francisco (EUA), 29 de abril de 2005.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa_Cr%C3%ADtica


www.rejuma.org.br


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Dia do Cerrado, Lute por ele!



Foto: Carlos Terrana
Serrado na Constituição

domingo, 6 de julho de 2008

E pelo nosso rio quem é responsável?





O rio Parnaíba é um rio brasileiro que nasce nas Chapada das Mangabeiras e divide os estados do Piauí e do Maranhão. Percorrendo cerca de 1.850 km até sua foz no Oceano Atlântico. O rio se divide em três cursos: o Alto Parnaíba, o Médio Parnaíba e o Baixo Parnaíba. Na cidade de Guadalupe, no Médio Parnaíba, foi construída a barragem de Boa Esperança, que impulsiona a Usina de mesmo nome, geradora de energia integrante do sistema CHESF.

O Vale do Parnaíba possui mais de três mil quilômetros de rios perenes, centenas de lagoas, e ainda, a metade da água de subsolo do Nordeste, avaliadas em dez bilhões de metros cúbicos ao ano. Os afluentes mais importantes estão no estado do Piauí: Gurguéia, Uruçuí-Preto, Canindé, Poti (extremamente degradado e poluído) e Longá. No Maranhão o afluente mais importante é o Rio Balsas. O Parnaíba forma em sua desembocadura um amplo e recortado delta - o único delta em mar aberto das Américas e um dos três maiores do mundo em extensão e beleza natural (os outros são o do rio Nilo, no Egito, e o do rio Mekong, no sudeste asiático). O Delta do Parnaíba é um importante ponto turístico, atraindo gente de todo o mundo interessado no turismo ecológico. O delta hoje é muito visitado pelo seu riquíssimo ecossistema, constituído por dunas, florestas, manguezais e extensas praias, além de sua exuberante fauna composta por espécies de jacarés-do-papo-amarelo, garças, macaco-prego, caranguejo-uçá e outras diversas espécies aquáticas.

Porém se concentra na cidade de Teresina - capital do estado - as maiores ameaças a esse ecossistema de riquíssimas belezas através de ações humanas, em busca do tão aclamado "desenvolvimento". As margens do rio apresentam-se extremamentes desmatadas, causando assim um assoreamento fora do controle. A má administração e falta de tratamento dos esgotos também causam grandes problemas para o rio, já que em Teresina, apenas 13% da população é beneficiada com saneamento básico. Isso significa que o esgoto e coliformes fecais de 87% dos teresinenses, de 696 mil pessoas, são jogados no rio Parnaíba diariamente, segundo a própria AGESPISA.

Porém os investimentos do PAC com saneamento serão investidos uma ordem de R$230 milhões. Pela primeira vez será lançado um programa voltado para o Rio Parnaíba, o rio de maior extensão no Nordeste (são 1.344 km ). Todas as cidades que ficam na margem do rio Parnaíba serão beneficiadas com o programa de saneamento: Parnaíba, Luzilândia, União, Teresina, Floriano, Porto, Uruçuí, etc, além de municípios do Maranhão e do Ceará. Será implantado um sistema de esgoto, tratamento, evitando a poluição do rio, e compradas embarcações, e técnicos irão fazer a fiscalização nas margens do rio.

E agora? Será que nos resta esperar a situação piorar (se é que possível!) para fazer alguma coisa? Ou mesmos nos lembrando que a maior parte do estado é abastecida com a força da usina Boa Esperança, ou seja, das águas do Parnaíba e que as águas que saem em nossas torneiras também são provenientes do rio, devemos mesmo assim esperar????


http://www.portalaz.com.br/noticia/politica_local/72855
http://www.codevasf.gov.br/empresa/rio-parnaiba